Aos sete de idade, o primeiro litígio judicial de sua vida - Arnaldo de Araújo Guimarães


13.08.07 | Perfil

Por Juliana Jeziorny,
da redação do Jornal da Ordem

“Eu nunca fiquei maior com qualquer cargo e nunca fiquei menor sem eles”.
 A frase é de Arnaldo de Araújo Guimarães, atual presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do RS. Ele  nasceu em 29 de abril de 1957, em Porto Alegre.

Sua escolha profissional veio muito cedo, aos sete anos quando a sua família teve um litígio na área de inventários, que durou quase dez anos.

Mais tarde aos 17 anos, com sua mãe já falecida, auxiliou no acordo entre seu pai e tio a fim de resolver a situação.

Quando era estudante de Direito na Faculdade Ritter dos Reis, Arnaldo foi funcionário do Foro, passou em um concurso para trabalhar no Tribunal Regional do Trabalho, mas desde 1984, quando pôde se inscrever na OAB, montou seu escritório, passou a advogar e deixou de ser servidor público. "Formei-me  para trabalhar na área de Família, mas o Direito tem as suas  surpresas, e acaba-se trabalhando onde as portas  abrem, e naquela época as portas  abriram na área trabalhista".

Arnaldo advogou 14 anos para o Banco do Brasil na área cível, atuou também como professor de técnicas comerciais para alunos de ensino médio.

Atualmente, também é delegado do Sindicato dos Advogados do RS perante a Federação Nacional dos Advogados, é conselheiro da Agetra e presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do RS.

“A Caixa é o braço solidário dos advogados, foi criada em 1943, para assistir os advogados com menos condições de sobrevivência, para funcionar como um pecúlio, para os advogados que faleciam sem deixar nada. Na década de 70, a Caixa começou fazer assistência de outra forma, proporcionando serviços para os advogados com o preço quase filantrópico” - avalia.
 
Hoje, a Caixa conta com farmácia, livraria, ótica, dentista, médicos e enfermeiras, tendo inúmeras parcerias com psicólogos, dermatologistas e hospitais. Também conta com uma rede de convênios, de credenciamento onde tudo é facilitado para o advogado. Os planos de Arnaldo como presidente da Caixa, são aumentar o gerenciamento com planos de saúde, reduzir o valor do convênio do advogado com o plano de saúde, e  trabalhar para que os advogados tenham direito ao plano do IPE.  

“O advogado é um ser solitário. Diferente de outras profissões em que as pessoas se unem, o advogado trabalha o tempo todo trancado no seu escritório, e na rotina de ir a foros, audiências e atendendo clientes. Até por necessitar o contato com outros colegas, começamos a fazer política de Ordem, que é uma maneira de melhorar as coisas para o advogado, focando os problemas da classe e tentando corrigir.”
 
Amante de churrasco, tem como hobby jogar padle e caminhar no Parque Farroupilha. “Adoro passear na Redenção quando tem sol, talvez porque nasci ali pertinho, sinto como se fosse o pátio da minha casa” - finaliza.