|   Jornal da Ordem Edição 4.284 - Editado em Porto Alegre em 24.04.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
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NOTÍCIA

21.10.14  |  Advocacia   

XXII Conferência Nacional dos Advogados: OAB/RS discute o aprimoramento do Judiciário

A relatora do painel foi a conselheira federal da seccional gaúcha, Cléa Anna Maria Carpi da Rocha, que frisou a importância do debate para que se possa chegar a conclusões para o aperfeiçoamento da cena judiciária.

Pensar no aprimoramento do Poder Judiciário foi uma das propostas desta terça-feira (21), da XXII Conferência Nacional dos Advogados, realizada no Riocentro, no Rio de Janeiro. Emblematicamente, foi escolhido o painel de número 1 para o tema, mostrando a preocupação da OAB em ser um celeiro de ideias que contribuam para o melhor funcionamento da Justiça Brasileira. A relatoria da atividade ficou a cargo da conselheira federal pela OAB Rio Grande do Sul, Cléa Anna Maria Carpi da Rocha.

A relatora destacou que este tema é fundamental para toda a sociedade brasileira. "É imprescindível discutirmos esta pauta, pois por meio do diálogo e do debate podemos chegar a conclusões para o aprimoramento do Poder Judiciário, o que terá influência positiva na própria cidadania", ressaltou Cléa.

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) oriundo do RS, Paulo de Tarso Sanseverino, iniciou as discussões e abordou sobre as demandas repetitivas. De acordo com o ministro, as principais causas deste tipo de demanda são: cultura do processo individual, extrema facilidade de acesso à Justiça, maior consciência de cidadania, entre outras. Paulo defende o uso de instrumentos institucionais para o entendimento dessas demandas, como ações coletivas, sentença liminar de improcedência etc. "As ferramentas institucionais para demandas repetitivas não são eficientes sem soluções gerenciais adequadas desenvolvidas pelas boas práticas judiciais", afirma o ministro.

Em seguida, Sebastião Alves dos Reis Junior, ministro do STJ, defendeu a importância do Quinto Constitucional, pois acredita que é o principal interlocutor entre os principais personagens da advocacia: a magistratura e o advogado. "Não há justiça sem juiz, e não há justiça sem advogado", conclui Sebastião.

"Como encontrar o equilíbrio entre eficiência e Justiça?", questionou o ministro do STJ, Ricardo Villas Bôas Cueva, que defende o gerenciamento do judiciário, separadamente do gerenciamento do processo. O Ministro afirma que é necessário mexer em alguns processos jurídicos, como por exemplo, dispensa de audiência e alteração da ordem de apresentação de provas.

Dando continuidade ao tópico de gestão processual, Ricardo Couto de Castro, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, afirma que existem duas vertentes: a primeira é ligada ao aparato judicial e a outra se refere ao desenvolvimento em si do processo. O Desembargador acredita que a tendência é de profunda transformação dos processos diante das novas tecnologias, "a inclusão digital trará mais agilidade e menos custo nos processos".

Transparência do Poder Judiciário

O presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, apresentou propostas da ordem para democratização e transparência do Judiciário, entre elas a "OAB Concilia", que é uma alternativa ao judiciário de litígio. Outra proposta é tornar o ambiente cada vez mais harmônico entre Poder Público, Judiciário e Advocacia. Marcos também defende a presença da OAB em órgãos deliberativos e implantação de Conselhos Nacionais para discussões de interesse geral. "Advocacia não é instrumento de litígio e sim um instrumento de paz".

Lênio Streck, procurador de Justiça do Rio Grande do Sul, defende a retirada do novo Código de Processo Civil dos artigos que falam do livre convencimento. "Democracia significa que Direito não é aquilo que os Tribunais dizem que é", explica o Procurador, para quem o Direito tem que dizer sobre a causa, e não a opinião pessoal do juiz.

Encerrando o painel, o advogado Paulo Lopo Saraiva sustenta a importância do Código de Processo Constitucional no âmbito do Conselho Federal, elaborado pela Comissão Especial Jurisdicional. O advogado afirma que o Código tem como objetivo regular os processos, já que não existem instrumentos unificados para advogados usarem. "O código é em prol da defesa do direito constitucional", conclui Paulo.

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759

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