|   Jornal da Ordem Edição 4.266 - Editado em Porto Alegre em 28.03.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
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NOTÍCIA

25.05.18  |  Consumidor   

Empresa de telefone é condenada a ressarcir valores pagos por ponto extra de TV a cabo

O consumidor ajuizou ação em face da operadora de TV, pleiteando a declaração de inexistência do débito mensal referente à cobrança por pontos adicionais de televisão a cabo, bem como a indenização pelos danos materiais decorrentes do envio de faturas mensais.

É indevida a cobrança de aluguel dos decodificadores de um ponto adicional em um serviço de televisão. Assim decidiu a 20ª câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) ao confirmar a sentença que declarou a inexigibilidade do débito mensal do consumidor e condenou a operadora de televisão a cabo a ressarcir os valores pagos pelo consumidor.

O consumidor ajuizou ação em face da operadora de TV, pleiteando a declaração de inexistência do débito mensal referente à cobrança por pontos adicionais de televisão a cabo, bem como a indenização pelos danos materiais decorrentes do envio de faturas mensais. A juíza de direito da 3ª vara Cível de São Paulo, Mônica Di Stasi Gantus Encinas, julgou procedente o pedido do consumidor. Para a magistrada, a cobrança pela disponibilização e utilização do aparelho decodificador não é apenas indevida como abusiva. "De fato a legislação apresentada prevê a possibilidade de se cobrar por serviços de manutenção da rede interna, no entanto, como clarifica a nomenclatura, o aluguel de ponto não o é, inclusive pelo fato de ser cobrado mensalmente, sem necessidade da existência de defeito no equipamento ou na prestação."

A empresa, então, apelou da decisão, aduzindo que a cobrança pelo aluguel do decodificador é lícita e não viola as resoluções da Anatel. Sustentou ainda que a cobrança serve para evitar o desequilíbrio econômico e financeiro nos contratos que ela celebra com os seus assinantes. Ao analisar o recurso, o desembargador Álvaro Torres Júnior, relator, não deu razão à empresa. O magistrado invocou a resolução 488/07, da Anatel, que dispõe que a programação do ponto principal deve ser disponibilizada, sem cobrança adicional de pontos extras. "Verifica-se desses enunciados não haver autorização para a cobrança de mensalidade pelo fornecimento do decodificador, sendo possível apenas a cobrança pela instalação e pelos eventuais reparos necessários. Dessa forma, a cobrança de 'aluguel de equipamento habilitado' para os pontos adicionais não pode ocorrer."

Assim, a 3ª turma manteve decisão que declarou a inexigibilidade do débito mensal do consumidor e condenou a empresa a ressarcir os valores pagos pelo consumidor.

Processo: 1027845-88.2017.8.26.0100

 

Fonte: Migalhas

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